A Black Friday é o Super Bowl dos produtos digitais. Se você está no mundo de gestão de produtos que atendem ao varejo, sabe que essa data pode ser tanto uma oportunidade incrível quanto um pesadelo.
Eu aprendi isso e resolvi compartilhar as lições que me ajudaram a encarar esse desafio de forma mais tranquila – ou pelo menos menos desesperadora.
1. Organize
Pode parecer clichê, mas a verdade é que o preparo para a Black Friday deveria começar muito antes de novembro. Com antecedência:
Planejamento de cenários: Criar planos para diferentes níveis de demanda – do "tudo sob controle" ao "apaga o incêndio agora!".
Revisão da infraestrutura digital: Se o site, plataforma, sistema cair, não adianta ter os melhores descontos. Por isso, reforço servidores, reviso sistemas e simulo picos de tráfego.
Time a postos: Monte um time ágil e alinhado, com todas as funções cobertas. Nessa época, cada um sabe exatamente o que fazer.
E não adianta procrastinar. Tudo isso precisa estar rodando bem antes da data para ter margem de manobra.
2. Trabalhe com dados, não achismos
Aqui vai uma verdade que mudou meu jogo: números não mentem. Antes da Black Friday, faço uma imersão nos dados das edições anteriores e crio previsões baseadas nisso.
Produtos mais vendidos: Quais foram os campeões? Esses ganham atenção especial.
Jornada do cliente: Onde a galera abandonou o carrinho? A experiência precisa ser fluida.
Capacidades logísticas: Não adianta vender horrores e travar na entrega. Alinho estoque e transportadoras para evitar gargalos.
3. A comunicação precisa ser cirúrgica
Uma das coisas mais importantes que aprendi foi: não adianta só oferecer descontos, você precisa comunicar isso da forma certa e no momento certo. O que funciona pra mim:
Segmentação de público: Não envio a mesma mensagem para todo mundo. Quem comprou ano passado recebe algo exclusivo, e novos clientes veem campanhas mais diretas.
Canais alinhados: Redes sociais, e-mails, notificações push – tudo deve conversar entre si. Nada de informações conflitantes!
Testes A/B: O que engaja mais? Uma chamada super agressiva ou um tom mais amigável? Não dá pra adivinhar; testo antes.
4. Automatize tudo o que for possível
Confesso que não sou fã de ficar apagando incêndios manuais na hora do pico. Por isso, minha regra é: automatize o máximo que puder.
Fluxos de e-mails: Desde lembretes de carrinho abandonado até agradecimentos pós-compra, tudo programado.
Monitoramento de estoque: Se algo está acabando, os avisos são automáticos.
Chatbots: Eles quebram um galho imenso respondendo dúvidas simples.
Essa automação deixa o time livre para lidar com os imprevistos que realmente importam.
5. Tenha um plano para os problemas (porque eles vão acontecer)
Aceite isso: problemas vão surgir. Pode ser um bug no checkout, uma reclamação viral no Twitter ou até uma queda no sistema. Minha dica é: tenha um plano de resposta pronto.
Times de suporte: Não dá pra deixar cliente sem resposta. Ampliei a equipe só para esse período.
Plano de contingência de sistemas: Um backup salva vidas (ou vendas).
Comunicação transparente: Se algo sair do controle, avise. Os clientes valorizam empresas que assumem erros.
6. Aprenda com a experiência
Depois que tudo passa, uma coisa que nunca se deixa passar é a retrospectiva. Reúna o time, analise números, erros e acertos.
Cada Black Friday é um aprendizado para a próxima
Se tem uma coisa que a Black Friday ensina é que você nunca está 100% pronto, mas dá pra chegar muito perto. Planejar, entender os dados, automatizar processos e se preparar para imprevistos são as chaves para o sucesso.
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